domingo, 7 de setembro de 2014

Conhecendo a Umbanda e a Quimbanda



                                Conhecendo a Umbanda


Axé pessoal! Acredito que para conhecermos minimamente nossa religião precisamos saber como ela é estruturada no astral, como ela é estruturada espiritualmente e como ela responde as questões sobre a morte, ou seja, a Vida após a vida.
Portanto, precisamos saber como ‘é’ e como ‘acontece’ tudo isso na Umbanda
Em primeiro lugar, na Umbanda não existe umbral ou colônias, como conhecemos na doutrina kardecista ou céu e inferno, como prega a religião católica.
Na Umbanda o astral se divide em FAIXAS VIBRATÓRIAS POSITIVAS que acolhem os espíritos em processo de ascensão espiritual, que são os espíritos virtuosos. E FAIXAS VIBRATÓRIAS NEGATIVAS que acolhem os espíritos em queda, que são os espíritos viciados e desequilibrados emocionalmente.
São 7 faixas superiores e 7 inferiores; 7 à direita e 7 à esquerda, que se subdividem em mais vezes formando sub-faixas capazes de afinizarem mais facilmente todos os espíritos atraídos pela religião Umbanda.
Nas sete faixas superiores encontramos os Guias Espirituais que se dividem devido suas afinidades em Linhas – nesse caso encontramos as linhas de preto-velhos, caboclos, boiadeiros, baianos e assim por diante. Dentro desse contexto de Linha, formam-se Falanges por questões de atração. Forma-se então, dentro da Linha de Caboclos a Falange de Caboclo Pena Branca, Falange de Caboclo Sete Flechas, Falange de Caboclo Araribóia e assim por diante. Nessas Falanges específicas agrupam-se centenas de espíritos que se manifestam de forma similar, por exemplo os Caboclos Pena Branca têm como característica comum serem doutrinadores.
As sete faixas inferiores são as faixas vibratórias negativas e são nelas que se encontram os espíritos sofredores, eguns, quiumbas e magos negros, que compõem o Baixo Astral de nossa Umbanda.
Rapidamente irei pontuar algumas características desses espíritos que vibram de forma negativa, mas é importante estudar mais, ler mais e não parar de aprender sobre Eles e suas formas de agirem, afinal Eles se mantêm continuamente ativos, continuamente se especializando e continuamente se preparando para agirem em qualquer momento e em qualquer situação



Conhecendo a Quimbanda


O exu não é o agente do mal. Ele é a entidade polêmica, misteriosa e distorcida da umbanda. Sua imagem, na crença popular, é uma figura demoníaca, moldada em gesso de cor vermelha, algumas ainda possuindo chifres e pés de animal. Absurdamente, é assim que ele é cultuado, inclusive, confesso, em nosso terreiro, muito embora saibamos que estamos fazendo parte desta massa ignorante. Mas a força da nossa intenção transforma essas imagens em elementos de ligação com esse mundo maravilhoso – dos Exus.
Acho estranho que muita gente prefira acreditar que Exu é o diabo, do que crer na simplicidade de uma entidade boa e comum. Talvez seja a estranha força da imagem em gesso do Exu. Será que por trás dessas figuras mal feitas e de péssimo gosto artístico não existe um engodo espiritual para esconder suas verdadeiras identidades? Vamos analisar e tentar descobrir pelo raciocínio inteligente quem eles são.
A umbanda é brasileira, baseada em fatos e personagens na época do descobrimento, tendo nos caboclos, nossos ameríndios, a figura mandante, seguido do preto-velho, simbolismo da raça africana escravizada pelos europeus e as crianças que são os espíritos de qualquer nacionalidade que tenham desencarnado na idade da inocência. Fecha-se o Triângulo da Umbanda: Caboclos, Pretos e Crianças. Sabendo serem essas as entidades que compõem a Umbanda, não resta para a Quimbanda, outro tipo de espírito senão os originários da Europa, no caso os nobres, príncipes, lordes, almirantes, eclesiásticos, figuras letradas e culturalmente avançados.
Isso aconteceu através da evolução dessas almas pela reencarnação. Se os europeus invadiram nosso país, mataram nossos índios, escravizaram os africanos e cometeram toda espécie de mal, dentro de seus resgates cármicos podem, espontaneamente, terem aceitado a situação de serviçais àqueles que, em vidas anteriores, foram seus carrascos. A lógica desse argumento baseia-se no fato que seria estranho e de difícil aceitação um príncipe apresentar-se em um terreiro de umbanda, carregando um tridente, afirmar estar morando no cemitério, aceitar farofa, azeite de dendê, charuto e cachaça como oferenda, e ainda receber ordens de um índio ou de um escravo. O melhor é se esconder atrás de um comportamento atípico às suas nobres origens.